quinta-feira, 8 de julho de 2010
Vitimas dos 140 caracteres
Essa semana ocorreu mais um fato que terminou com a demissão de mais uma vítima de seus próprios comentários no Twitter.
No mundo
A CNN demitiu uma editora de noticiário do Oriente Médio por causa de uma mensagem no Twitter em que ela manifestava "respeito" por um ex-dirigente do Hezbollah morto no fim de semana. Octavia Nasr trabalhou durante 20 anos na emissora. No domingo, repercutindo a morte de uma das principais autoridades religiosas xiitas, ela escreveu no microblog: "(Fiquei) triste por saber do falecimento do Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah ... Um dos gigantes do Hezbollah que eu respeito muito."
Parisa Khosravi, vice-presidente-sênior da CNN International Newsgathering, afirmou em um memorando interno que "teve uma conversa" com a editora e "decidimos que ela irá deixar a companhia".
"Ela não atendeu aos padrões editoriais da CNN. Este é um assunto sério que será tratado adequadamente", disse.
Fadlallah apoiou a República Islâmica do Irã e tinha contatos também com políticos xiitas do Iraque. Foi também líder espiritual e mentor do Hezbollah quando da sua formação em 1982. Os EUA e Israel consideram o Hezbollah como um grupo terrorista.
No Brasil
O jornalista Felipe Milanez, editor nada menos da National Geographic Brasil licensiada pela Abril, após se manifestar sobre uma matéria sobre índio da revista Veja, publicação da Abril, nas seguintes palavras: "Eu costumava ignorar a idiota Veja. Mas esse racismo recente tem me feito sentir mal. É como verem um filme da Guerra torcendo pros nazistas (sic)". Foi sumariamente demitido no mês de maio.
E agora, meus caros? CADÊ A LIBERDADE DE EXPRESSÃO? O que esses casos provaram que de maneira inconteste, é que toda e qualquer publicação (no Brasil ou no mundo inteiro) existe censura interna, a censura patronal.
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