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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mídia e a memória coletiva


Antes de tudo, o que viria a ser essa memória coletiva?

A memória coletiva (termo criado por Maurice Halbwachs) é partilhada, transmitida e também construída por um grupo ou sociedade. De modo genérico, a memória é algo em permanente processo de transformação; aglutina-se, retira-se; confrontam-se lembranças de acordo com as transformações do indivíduo e de seu meio social.

Sendo assim...

A capacidade da mídia de criar mitos, e/ou memória coletiva, é inesgotável. Assim como o diretor de uma novela cria e desenvolve o papel do bandido-herói, os meios de comunicação assinam a criação de memoráveis situações protagonizadas por criminosos comuns. Estampam seus retratos nas primeiras páginas dos jornais por alguns dias, semanas ou meses, até que se tornam figuras ilustres e facilmente reconhecidas pelo público.

Dentro deste aspecto podemos destacar vários casos, como o de Eloá, dos Nardonis e o mais atual caso do goleiro Bruno, que estaparam e/ou estampam as primeiras páginas dos jornais e as principais notícias na televisão durante certo tempo. Assim, a mídia criou uma memória coletiva, fazendo com que todas as pessoas fixassem na memória o desenrolar do crime e o fim que este levou, obviamente da forma em que foram lançados à sociedade pelos mais diversos meios de comunicação. Desta forma o bandido se tornou a estrela do espetáculo, posição que só abandonou quando a mídia encontrou outro assunto/tema/personagem capaz de superar sua fama.

Deste modo, a mídia além de ter o poder de faz nascer mitos, ela também tem a capacidade de levá-los ao mais completo esquecimento, lançando-os às páginas de arquivos.

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