Páginas

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Inteligência e elegância basta para governar um estado?

Reprodução - Internet


Acabou agora a pouco a entrevista com o senador e ex-presidente, atualmente candidato ao governo de Alagoas, Fernando Collor de Mello.

O candidato, que conduziu a entrevista com muita inteligência, deixou claro o seu objetivo e meta para essa campanha: Exaltar seus feitos enquanto governador e presidente há vinte anos atrás, além de rebaixar os feitos e exaltar os defeitos do atual governador Teotônio Vilela.

Ai surge então a pergunta: Candidato, o importante seria o que vai fazer ou o que foi feito?

É verdade, essa pergunta não surgiu entre os entrevitadores, mas aposto que cada uma daquelas 20 pessoas presentes no estúdio da Rádio Difusora gostaria de fazer.

Outro foco que o candidato, que se referia aos entrevistados como "radialistas" (entenda como uma forma de menosprezá-los) ao invés de chama-los pelos próprios nomes, era deixar claro o seu apoio e parceria com o presidente Lula. "Últimamente estou presente nas decisões do presidente quando se refere ao estado de Alagoas", disse.

Sem falar, nas várias vezes que foi citada a "futura presidente" (denominada assim por ele) Dilma Russef.

Entre perguntas básicas e complexas, ês que surge uma pergunta 'picante' e que animou todos os presentes: "Senador, está iniciando hoje uma campanha de reclusão à sua candidatura, a chamada 'Collor nunca mais'! O que você têm a dizer sobre isso?"
E o candidato respondeu, mais uma vez conduzindo perfeitamente e levantando a questão à seu favor: "Na verdade o que temos ai é uma causa mínima, pois em outros cantos já foram criadas algumas campanhas do tipo "Fica Collor", "Collor no governo" e "Collor já". Tudo isso é uma questão de identificação."

E essa não foi a única pergunta picante, mas também não foi a única que Collor conduziu com perfeita elegância, fugindo do foco da pergunta.

Quando questionado sobre a ameaça a um jornalista de revista Istoé, Collor respondeu: "Quando estou na administração de um meio de comunicação eu aconselho os meus funcionários à apurar. O que foi feito alí foi uma falta de informação, além, foi uma ação feita com má fé. Sou jornalista e sei que não se pode afirmar o que não se sabe".

Mais alguém além de mim concorda que a pergunta se referiu a ação dele de ameaçar meter a mão no jornalista? Ele concerteza entendeu certo, mas preferiu conduzir a pergunta a um possível erro do profissional.

Inteligente, elegante. Mas será que isso tudo basta? Será que tudo o que, possivelmente, foi feito na "Era Collor", em 1989, vai se repetir em 2011? Só esperando para saber.

Lembrando que hoje foi apenas o início da série de entrevistas com os candidatos ao governo de Alagoas. Amanhã será dada continuidade com o candidato Jeferson Piones, na Rádio Difusora de Alagoas, AM960.

4 comentários:

  1. Bom resumo da entrevista, Victor. Collor é assim mesmo: inteligente o suficiente para parecer agressivo, quando precisa, e "educado", quando o momento exige.

    ResponderExcluir
  2. Meu maior motivo para não votar nele - tirando toda a "era Collor" - reside no Dique Estrada. Criou uma nova via de tráfego em Maceió, mas às custas do mangue da Lagoa Mundaú, criando uma enorme favela na área (que, hoje, vive a tentar se reconstruir, uma vez que as casas "afundam" no chão) - ou seja: um enorme prejuízo ambiental e social para a cidade.

    ResponderExcluir
  3. É verdade, o importante para Alagoas é pensar para frente. Se ficarmos pensando no que fulano fez e no que sicrano deixou de fazer não evoluimos. Vamos seguindo em frente. Votando conscientemente.

    ResponderExcluir
  4. Votar no Collor é retroceder, como já havia dito! Ninguém fala por ai, que o prédio da Organização Arnon de Melo, que estava parado há quase 20 anos, nos últimos meses deu uma guinada incrível! De onde vem o dinheiro? Alguém vai fiscalizar isso?

    ResponderExcluir

 
Copyright 2009 Portal do VICTOR BRASIL. Powered by Blogger
Blogger Templates created by Deluxe Templates
Wordpress by Wpthemescreator