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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eleições terminam, mas discurso político continua em Alagoas

Acusações, processos em andamento, disputas pela presidência da Assembléia Legislativa (ALE) e até mesmo as eleições para prefeito, em 2012, são os assuntos mais comentados após o término das eleições deste ano. Ela foi uma das mais acirradas dos últimos tempos no estado de Alagoas, o qual reelegeu o atual governador, Teotonio Vilela Filho (PSDB), e seu vice Thomas Nonô, que seguem nos cargos até 2014.

O pleito foi disputado desde o primeiro turno. No segundo turno, a vantagem do tucano, que sempre esteve à frente nas pesquisas, não superou os 10 pontos percentuais. Para reverter os números do primeiro turno e assegurar a vitória no segundo, Vilela contou com o apoio da maioria dos prefeitos e montou a maior estrutura e a mais cara campanha de sua carreira política.

Mas de acordo com o cientista político da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Alberto Saldanha, o apoio de lideres políticos locais não mostrou o resultado esperado, mas ajudou no quesito desempate. “De onde todos pensavam que iam ter maior quantidade de votos, não teve. Foi o caso de Maceió e Arapiraca. O prefeito Cicero Almeida, de Maceió, mostrou-se prestativo ao candidato do PSDB, mas não foi ele quem teve a maioria na capital. Já em Arapiraca, Luciano Barbosa entrou com força na campanha de Ronaldo Lessa, que teve minoria do município”, afirma.

Para Saldanha, mesmo com a derrota do candidato ao governo apoiado pelo grupo, o chapão (grupo formado por líderes políticos com finalidade de derrubar o atual governador de Alagoas, o que não foi realizado) saiu vitorioso. Segundo ele, o grupo cumpriu com o seu objetivo principal: a reeleição do senador Renan Calheiros. “Toda a estratégia montada a partir de Brasília era fundamentada na premissa de que Calheiros era um dos principais fiadores da aliança do PMDB com o PT – vitoriosa em âmbito nacional”, avaliou.

Terceiro turno - Desde o final da campanha, os principais comandantes do chapão retomaram seus contatos mirando provocar o que pode ser chamado de “terceiro turno” para as eleições ao governo de Alagoas.

Na semana passada, em Brasília, os senadores Fernando Collor e Renan Calheiros, o empresário João Lyra e o ex-governador Ronaldo Lessa estiveram reunidos para conversar sobre os processos que ainda circulam no Tribunal Superior Eleitoral, no qual o grupo investe suas últimas fichas para mudar o resultado das urnas de 31 de outubro.

Além de processos contra o governador reeleito Teotonio Vilela, circulam ainda processos contra grandes nomes da política local, como Cícero Ferro, Alberto Sexta Feira e João Beltrão.

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